Quanto tempo leva para aprender a codificar? De que competências preciso realmente para começar? Vale a pena ou irei perder o meu tempo? Talvez você já tenha feito alguma destas perguntas. Mas depois de conhecer o no-code, vai descobrir que pode desenvolver sem ser técnico em programação de códigos.
Além disso, a codificação já não é apenas para programadores, pois qualquer pessoa que queira começar a programar deve começar a aprender conceitos básicos. Serve para quem quer tornar-se um programador ou simplesmente melhorar as suas competências.
Neste material vamos explicar o que é no-code e como ele difere da codificação tradicional. Analisaremos também alguns de seus benefícios.
O que é no-code?
No-code é o desenvolvimento de aplicativos sem o uso de códigos, eles normalmente são criados por ferramentas para arrastar e soltar.
Essa tecnologia web faz com que os programadores criem de forma rápida e fácil. Além disso, as plataformas de automação permitem que os “citizen developers” (desenvolvedores cidadãos) criem suas próprias soluções.
O que quer dizer no-code?
No-Code é uma abreviatura de software não codificado, que em português significa “sem código”. Mas, o que é um software não codificado? Bom, é aquele que você não precisa ter uma formação em linguagem de programação para criar. Ao invés disso, utiliza ferramentas no-code.
Por exemplo, uma plataforma sem código como o WordPress torna possível que qualquer pessoa publique conteúdo online.
Como funciona o no-code?
Primeiramente, você sabe o que é um código? Bom, código é um conjunto de instruções e declarações escritas por um programador que usa uma linguagem de programação de computador.
Dessa forma, este código é traduzido para a linguagem da máquina por um compilador quando estiver ativo. E uma plataforma no-code acaba sendo uma abstração entre o programador e as instruções de programação.
Assim, por meio de comandos baseados em opções visuais, os profissionais sem conhecimentos técnicos em programação podem desenvolver aplicativos para otimizar suas empresas.
Exemplo prático
Por exemplo, digamos que uma profissional do RH está sempre com um excesso de e-mails dos colaboradores solicitando reembolsos e outras demandas referente ao financeiro.
Mas a funcionária deseja que este processo seja feito de forma automática, onde as solicitações sejam feitas pelos colaboradores, passe pelo RH e finalize diretamente no financeiro.
Porém, o setor de TI da empresa não consegue atender ao desejo desta profissional porque eles têm outras demandas com maior emergência e que exigem mais de sua atenção.
Neste caso, o que poderia ajudar ela, seria uma plataforma no-code. Pois permitiria que ela mesmo desenvolvesse um aplicativo para automatizar este processo, conectando elementos gráficos de forma intuitiva e acessível.
Quando surgiu o no-code?
O no-code surgiu em 2018, como uma evolução do low-code porque dispensa qualquer tipo de código, enquanto o outro utiliza poucos códigos.
Esse termo ganhou mais relevância com a pandemia do Covid-19, pois a quarentena acelerou a transformação digital em várias empresas. Dessa forma, até mesmo quem não trabalhava com programação passou a desenvolver aplicações no-code.
No-code x Codificação tradicional
A codificação tradicional é a base para o desenvolvimento de softwares durante muitos anos. Porém, o no-code pode acabar superando a codificação tradicional com o número de aplicativos desenvolvidos juntamente com o low code.
Mas vale ressaltar que um nunca substituirá o outro, pelo menos não por enquanto, pois cada um tem o seu papel importante para o desenvolvimento de aplicativos.
O no-code permite que diversas pessoas possam criar softwares inteligentes sem a necessidade de uma formação técnica ou grandes conhecimentos em programação.
Porém, o código tradicional possibilita o desenvolvimento de aplicativos específicos, ou aqueles que exigem uma concepção de software mais personalizada.
Dessa forma, o tradicional faz com que os programadores escrevam o código numa linguagem específica. Por exemplo, ao criar um site, os programadores usam HTML, CSS, JavaScript, Ruby, Python, Java, etc.
Com tecnologia sem código, contudo, os programadores escolhem simplesmente uma ferramenta que melhor se adapta às suas necessidades. Você pode selecionar uma plataforma como WordPress, Joomla!, Drupal, Magento, WooCommerce, Shopify, Squarespace, Wix ou outra solução.
No-code x Low code
Citamos o low code no subtítulo anterior, e agora está na hora de esclarecermos para você o que ele é e qual a sua diferença se comparado ao no-code.
A princípio, a própria tradução dos termos já define a diferença entre ambos. Assim, o low code trata-se de uma ferramenta que utiliza poucos códigos para o desenvolvimento de aplicativos.
Já o no-code é um avanço de low code, pois ele não utiliza nenhum código.
A Microsoft estima que dos 500 milhões de aplicativos que devem ser criados nos próximos 5 anos, 450 milhões serão desenvolvidos por plataforma no-code ou low code.
Vantagens do no-code
Em suma, não é nenhuma novidade para você que a principal vantagem do no-code é justamente a forma simplificada de criar e executar aplicativos.
Outro ponto importante é que não importa o tamanho do seu negócio, se ele é pequeno, médio ou grande, ele pode se beneficiar das plataformas no-code.
Confira os principais benefícios do no-code:
Velocidade
Os programadores que utilizam soluções sem código podem poupar horas de tempo em comparação com uma codificação tradicional. Com no-code, os programadores podem concentrar-se no design em vez de escrever o código.
Além disso, todos os processos que envolvem a tecnologia no-code ficam mais rápidos, não somente o seu desenvolvimento, mas também a testagem, feedbacks e implementação.
Redução de custos
A utilização de soluções sem código, permite que as pessoas construam sites personalizados usando estas soluções em vez de contratar programadores. Pois normalmente os custos dos desenvolvedores são maiores do que do resto da equipe.
Além disso, os projetos de desenvolvimento possuem diversos custos para serem produzidos.
Facilidade de Implantação
Implantar um site construído sem código é muito mais fácil que um com código tradicional. Dessa forma, uma vez que um programador ou outro profissional cria um aplicativo no-code, pode partilhá-lo com outros.
Engajamento da equipe e mais segurança
Quando os “citizen developers” ganham autonomia para criar as soluções de seus problemas, acabam ficando mais envolvidos com a empresa e com sua equipe.
Bem como, a segurança fica melhor, pois todos passam a seguir um padrão aprovado pelo departamento de TI, evitando diversos riscos.
Satisfação dos consumidores
Todos os consumidores ficam satisfeitos por terem os seus problemas solucionados de forma prática por meio de um aplicativo.
Em suma, é desenvolvido por profissionais que estão envolvidos com os problemas dos serviços e produtos da empresa, e uma criação por meio desta visão satisfaz o público.
Exemplos de ferramentas no-code
Agora que você já conhece o que é o no-code e quais são as suas principais vantagens, está na hora de apresentarmos alguns exemplos de ferramentas no-code. São elas:
Monday.com
A Monday.com é um sistema operacional de trabalho, e ajuda as equipes a otimizar seus fluxos de trabalho. Dessa forma, é possível personalizar os painéis do seu projeto, melhorar processos de negócios, colaborar com membros da equipe.
Além disso, você pode integrar aplicativos e ferramentas internas. Essa plataforma é no-code porque você pode personalizar o fluxo de trabalho da forma que quiser sem usar código.
Webflow
Webflow é um criador de sites no-code que ajuda as empresas a criar e projetar sem a necessidade de código.
E também oferece desenvolvimento visual, ou seja, você pode ver como seu site está ficando durante o processo de criação. Você pode usar gratuitamente até colocar o site no ar, podendo experimentar antes de qualquer pagamento.
Bubble.io
O Bubble.io é o melhor amigo de quem deseja desenvolver um web app, pois nele você pode criar uma representação que simule o funcionamento de um aplicativo inteiro.
Com um conjunto de ótimas ferramentas internas, ele se torna funcional e fácil de usar. Além disso, ele permite editar a página inicial.
UserGuiding
O UserGuiding é uma ferramenta de user onboarding (processos que visam aumentar o valor de um usuário) capaz de criar as melhores experiências para o seu produto. Sem utilizar código, ele ajuda você com diversos recursos, como:
- Guias do Produto Interativos;
- Guias do usuário;
- Checklists de Onboarding;
- Destaques de Recursos;
- Pesquisas NPS;
- Mensagens no app.
Em suma, você pode segmentar os usuários, criando experiências personalizadas e fazendo que eles vejam somente os elementos de onboarding necessários para os seus objetivos.
Voiceflow
O Voiceflow é um no-code para tecnologia de voz que permite criar um protótipo diretamente pelo computador ou testá-lo em um dispositivo de voz.
Essa ferramenta pode ser usada para a Alexa e Google Assistente, e se você estiver trabalhando com uma equipe, há um espaço na ferramenta justamente para isso. Com um método de arrastar e soltar, você pode personalizar visualmente seu aplicativo.
Airtable
O Airtable é um no-code para gestão de projetos. Ele fornece um ambiente de trabalho fundamental para todos os membros de sua equipe, e o seu uso se torna fácil graças aos blocos e ao sistema de classificação.
É interessante saber que a Netflix, Buzzfeed e Medium trabalham com o Airtable.
Zapier
O Zapier é um no-code para automação que integra apps e ferramentas fazendo com que eles executem tarefas específicas. Ele faz com que você poupe tempo, dinheiro e trabalho.
Um dos recursos que é mais valorizado pelos usuários é a configuração rápida, pois a ferramenta é simples e fácil de aprender.
Mixpanel
O Mixpanel é um no-code de analytics de produto que ajuda as equipes a descobrirem o “quando” e o “porquê” do churn, também ajuda a tomarem decisões rápidas e a desenvolverem produtos melhores.
Essa ferramenta trabalha com mais de 26.000 empresas, incluindo Tweeter e Uber. Contudo, essa plataforma pode transformar seus relatórios em CTAs importantes.
Como usar as plataformas no-code?
Vejamos alguns exemplos específicos de como utilizar as plataformas de desenvolvimento sem código para automatizar tarefas comuns. São eles:
1. Criar Sequências Automatizadas de Email
Pode criar sequências de correio eletrônico enviados em plataformas sem código.
Por exemplo, pode configurar uma ferramenta para enviar e-mails todas as semanas a clientes que não efetuam uma compra há seis meses. Ou pode enviar um e-mail a todos os assinantes após um dado determinado.
2. Configurar o Agendamento de Meios Sociais
A programação de publicações no Facebook, Twitter, LinkedIn, Instagram, entre outros, é mais fácil do que imaginamos, com a ajuda das plataformas no-code.
Com estas ferramentas, é possível agendar conteúdos para datas, dias, semanas ou meses específicos.
3. Programar uma publicação de conteúdos
A automatização de publicações é outra utilização popular para plataformas sem código. Ferramentas como Zapier permitem que sejam agendados posts em blogs, tweets, ou pins.
4. Enviar e-mails quando as coisas acontecerem
Outra utilização comum para ferramentas de desenvolvimento sem código é o envio automático de e-mails.
Além disso, neste caso, não se trata dos e-mails agendados, e sim daqueles que são enviados de forma automática quando acontece algum processo que envolve o cliente.
Por exemplo, o consumidor compra um produto em uma loja virtual e recebe um e-mail de confirmação ou recebimento do mesmo.
5. Ligar aplicativos juntos
Com as plataformas no-code, é possível ligar diferentes aplicações para que funcionem em conjunto.
Podemos citar como exemplo o processo de retirar informações da Salesforce e tornar uma ferramenta no Google Sheets.
O futuro dos desenvolvedores
Você faz parte dos que pensam que o no-code vai tomar o lugar dos desenvolvedores? Independente de sua resposta, saiba que não.
Ele surgiu para quem não é desenvolvedor ter a capacidade de criar algo, mas também veio para facilitar a vida dos próprios desenvolvedores. Dessa forma, eles ganham mais tempo para focar em atividades mais complexas.
Por este motivo, os desenvolvedores seguirão tendo grande importância para as empresas que precisam de demandas mais críticas.
O que pode ser feito com o no-code?
Você já percebeu que é possível fazer diversas criações com uma tecnologia no-code, é por isso que na atualidade existem diversas empresas que desenvolvem.
Confira os tipos de aplicativos que podem ser criados por diferentes equipes e segmentos da empresa:
4 tipos de aplicativos no-code
O no-code é perfeito para personalizar aplicativos, pois é possível adicionar qualquer funcionalidade sem precisar de um programador.
1 – Força de vendas
Um aplicativo de força de vendas possibilita que as equipes de vendas externas realizem suas atividades por meio de um smartphone ou tablet, registrando os pedidos, as vendas e também os orçamentos.
Você deve criar este aplicativo conforme a necessidade de sua empresa. Contudo, recursos básicos como cadastro de clientes, catálogo de produtos, registro de atendimentos e sincronização com o sistema de controle são indispensáveis.
2 – Logística
Este tipo de aplicativo é ideal para transportadoras, atacado, indústria, varejo, e outras atividades que incluem entrega de produtos. Uma logística bem feita agrada aos clientes, pois todos os processos fluem de maneira certa e concisa.
3 – Trade marketing
É utilizada no marketing comercial, oferecendo uma série de vantagens operacionais e de inteligência. Dessa forma, quem atua no setor de trade, pode contar com este tipo de aplicativo para criar roteiros, entre outras funções.
4 – Ordem de serviço
Este tipo de aplicativo no-code serve para comprovar os serviços prestados por meio de um relatório fotográfico, emitindo avisos e alertas aos clientes.
Resolver algumas questões pelo celular é uma forma de desenvolver e agilizar o seu trabalho. Além disso, vale lembrar que não são criados somente aplicativos.
Confira outros produtos que podem ser feitos:
- Tecnologias de voz;
- Ferramentas internas;
- Integrações;
- Bancos de dados;
- Automação de tarefas;
Assim, quando você for desenvolver sua tecnologia no-code ou contratar alguma empresa que crie, é importante que você esteja ciente sobre o que deseja. Dessa forma, vai ser mais fácil chegar aos resultados desejados.
Considerações finais
Em conclusão, o no-code veio com o intuito de facilitar o desenvolvimento de soluções. Além disso, otimiza os processos de diversas empresas, independente de seu porte.
Então, para se manter competitivo no mercado é preciso que você considere a tecnologia no-code, e procure sempre pesquisar e se surgir a necessidade de automatizar algum processo ou criar uma solução, você já sabe o que fazer e como investir.
Sempre que for necessário e precisar de alguma informação sobre o no-code, retorne aqui neste material e pesquise o tópico de seu interesse.
Perguntas frequentes
É isso mesmo, no-code não tem código, como citamos neste artigo, ele é uma evolução do low code que possui poucos códigos. Dessa forma, o no-code é completamente sem código.
Vale lembrar que até meados dos anos 2000 a internet era bem restrita, e qualquer coisa que alguém quisesse desenvolver era preciso dominar linguagens de programação muito complexas, os desenvolvedores ficavam presos durante horas e horas fazendo trabalhos repetitivos, que hoje em dia são relativamente simples.
Podemos citar como exemplo a criação de um site, que atualmente pode ser desenvolvido de uma forma simples e fácil por meio do WordPress.
A melhor plataforma e uma das pioneiras nos desenvolvimentos no-code é o Bubble.io, pois atualmente é muito difícil falar de no-code e não lembrar desta ferramenta.
Mais de 700.000 pessoas utilizam Bubble para criar produtos e projetos digitais com agilidade e qualidade sem escrever um código se quer.
Além disso, é uma das plataformas no-code mais completas, pois nela você pode criar seu próprio Airbnb local e começar a desenvolver sua própria rede social do zero, sem nenhuma codificação.
O no-code é importante para as empresas porque as plataformas podem ser personalizadas de acordo com as necessidades de cada empresa.
Dessa forma, é possível reduzir tempo e custos, mas por outro lado, aumenta a produtividade, melhora a entrega de soluções e os resultados.
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